Diabetes

Diabetes em Crianças

O diabetes é uma das doenças crônicas mais comuns da infância, caracterizada por níveis elevados de açúcar no sangue. A doença é causada por uma deficiência na produção de insulina pelo corpo ou na ação desse hormônio. Segundo a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SBP), estima-se que cerca de 1.2 milhão de crianças e adolescentes tenham diabetes no mundo inteiro. Por isso, é importante estar atento aos sintomas de diabetes em crianças e buscar ajuda o quanto antes.

Diabetes

Diabetes em crianças: o que é e como acontece

dois tipos principais de diabetes que podem afetar crianças: diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2. Ambos acontecem quando há problemas relacionados à insulina, um hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue. Quando não há insulina suficiente, ou quando a sua ação é prejudicada, o sangue fica com níveis muito altos de açúcar, caracterizando um quadro de diabetes.

O tipo de diabetes mais frequente em crianças e adolescentes é o tipo 1, uma doença autoimune em que o sistema de defesa do organismo ataca o próprio corpo, causando danos em seu funcionamento. No caso do diabetes tipo 1, o corpo produz anticorpos que atacam as células do pâncreas que produzem insulina. Assim, o corpo não consegue produzir insulina suficiente e os níveis de açúcar no sangue começam a aumentar.

Já no diabetes tipo 2, a insulina é produzida normalmente, mas encontra dificuldades para agir. Isso pode acontecer devido a vários fatores, como sedentarismo, maus hábitos alimentares, obesidade e até predisposição genética.

Sintomas

Sintomas de Diabetes em Crianças

Os sintomas de diabetes tipo 1 e tipo 2 costumam ser muito parecidos, e o que muda é a velocidade com que o quadro se desenvolve. Os quadros de diabetes tipo 1 costumam começar repentinamente, com sintomas que evoluem em poucos dias ou semanas. Já o diabetes tipo 2 pode não apresentar sintomas, ou eles podem surgir de forma mais gradual.

Os sintomas de diabetes em crianças, em geral, são:

  • Sede excessiva: A criança tem muita sede e, mesmo bebendo muita água e com frequência, a sede não passa.
  • Urinar com frequência: A criança vai ao banheiro muitas vezes, inclusive durante a noite. Pode voltar a fazer xixi na cama. 
  • Cansaço extremo: A criança fica cansada ou sem energia sem razão aparente.
  • Perda de peso repentina: Mesmo comendo normalmente, a criança pode perder peso rapidamente e sem razão aparente.
  • Fome intensa: A criança sente muita fome, mesmo logo após as refeições.
  • Mudanças no humor: A criança pode ficar irritada ou se sentir mais cansada e desanimada do que o normal.
  • Infecções frequentes: A criança pode ter infecções recorrentes, como assaduras graves ou infecções de pele.
  • Cicatrização mais demorada: Pequenos cortes ou feridas demoram mais tempo para cicatrizar.
  • Visão embaçada: Dificuldade para enxergar ou reclamações de visão borrada.
  • Coceira genital: A criança pode reclamar de coceira ou desconforto na região genital.

Esses sintomas podem aparecer de forma gradual, por isso é importante ficar atento e procurar um médico se notar algum deles. A criança com suspeita de diabetes deve ser examinada o quanto antes. 

Exame

Qual exame detecta diabetes em crianças?

Na maioria dos casos, o diabetes pode ser detectado por um exame de sangue comum que mede os níveis de glicose (açúcar) no sangue. O exame mais comum é o teste de glicose em jejum, que mede a quantidade de açúcar no sangue depois que a criança ficou sem comer por algumas horas (pelo menos 8 horas). Se o nível de glicose estiver alto, isso pode indicar diabetes, especialmente se a criança apresentar sintomas como sede excessiva, cansaço ou perda de peso.

Em alguns casos, o médico pode pedir um teste de tolerância à glicose, que verifica como o corpo da criança lida com o açúcar após beber uma solução com glicose.

Exame

Que médico cuida do diabetes infantil?

Geralmente, o diagnóstico ou a suspeita do diabetes infantil é feita por um médico pediatra. No entanto, o médico especializado no cuidado do diabetes infantil é o endocrinologista pediátrico. Esse profissional é responsável por diagnosticar e tratar distúrbios do sistema endócrino e do metabolismo em geral, incluindo o diabetes. 

A diferenciação entre os diversos tipos de diabetes é muito importante após o diagnóstico, pois cada um exige tratamentos e orientações específicas. O endocrinologista pediátrico é altamente capacitado para avaliar qual tipo de diabetes a criança tem, para depois orientar e definir o melhor tratamento de acordo com as nuances de cada paciente.

Exame

Tratamento de diabetes em crianças

No diabetes tipo 1, o sistema imunológico da criança produz anticorpos que atacam as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina. Como o corpo não consegue mais produzir insulina suficiente, é necessário aplicar insulina diariamente para substituir a que o organismo não consegue produzir, desde o início do diagnóstico.

Além disso, para garantir que os níveis de açúcar no sangue permaneçam dentro do intervalo recomendado, e para ajudar no ajuste das doses de insulina, a monitorização regular da glicemia é essencial no tratamento de uma criança com diabetes tipo 1. Isso pode ser feito através de medições frequentes com um glicosímetro ou com o uso de sensores contínuos de glicose.

Em consultório, oriento a família e a criança sobre a aplicação da insulina e manejo da doença.

Aplicar insulina em uma criança várias vezes ao dia pode ser assustador para pais e cuidadores que, muitas vezes, temem causar dor, machucados ou traumas emocionais durante as injeções. No entanto, existem diferentes formas de administrar a insulina, como seringas, canetas de insulina ou sistemas de infusão contínua (“bombas” de insulina). Métodos mais modernos tornam o processo mais simples e menos doloroso. Com o tempo e tratando o procedimento com naturalidade, a criança tende a se acostumar e lidar melhor com as aplicações Em muitos casos, a própria criança pode aprender a aplicar a insulina, sempre com a supervisão de um adulto, o que ajuda a promover mais autonomia no tratamento. 

No consultório, costumo realizar a educação necessária para que a família lide com o diabetes no dia a dia de forma mais tranquila. Utilizo uma abordagem lúdica para orientar tanto os cuidadores quanto às crianças sobre a aplicação da insulina, ajudando a quebrar a barreira inicial que essa atividade pode impor.  Além disso, ensino como calcular a dosagem correta da insulina e como monitorar os níveis de glicose. Durante a consulta, abordo também a importância da alimentação adequada, da atividade física e do reconhecimento precoce dos sinais de hipoglicemia e hiperglicemia.

Já o diabetes tipo 2 pode, em muitos casos, ser controlado com mudanças de hábitos. A base do tratamento envolve uma alimentação saudável, a prática regular de atividades físicas e o controle do peso, que ajudam a manter o nível de açúcar no sangue sob controle. Em alguns casos, podem ser necessários medicamentos para ajudar a controlar a glicemia. Dependendo dos níveis de glicose no momento do diagnóstico e da capacidade do organismo de produzir insulina, a aplicação de insulina também pode ser necessária. 

Risco

Fatores de risco de diabetes em crianças

Histórico familiar (isto é, ter um parente próximo, como pai, mãe ou irmão, com a doença) e a genética são fatores de risco do diabetes tipo 1. Além disso, crianças com outras doenças autoimunes, como doença celíaca ou tireoidite de Hashimoto, podem ter um risco maior de desenvolver diabetes tipo 1.

Já o diabetes tipo 2 tem como fatores de risco:

  • Excesso de peso ou obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Histórico familiar;
  • Dieta inadequada;
  • Etnia (hispânicos, afro descendentes, nativos americanos e asiáticos);
  • Síndrome dos ovários policísticos e pressão alta;
  • História de diabetes gestacional da mãe.
Cura

Diabetes em crianças tem cura?

A resposta depende do tipo de diabetes diagnosticado na criança. 

O diabetes tipo 1 não tem cura, já que o corpo da criança para de produzir insulina e, até hoje, nunca se encontrou uma forma de interromper ou reverter esse processo. No entanto, com tratamento adequado, que inclui o monitoramento da glicose, aplicação de insulina e hábitos saudáveis, é possível viver uma vida normal e saudável.

Por outro lado, o tratamento adequado pode levar à remissão de alguns casos de diabetes tipo 2 diagnosticados na infância. Nesses casos, é essencial manter os hábitos saudáveis para evitar o retorno da doença.

Caso perceba tais sintomas em seu filho ou tenha recebido o diagnóstico de diabetes infantil, entre em contato e agende uma consulta. 

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